A fabricação das novas cédulas de R$ 10 e R$ 20, lançadas oficialmente nesta segunda-feira (23) pelo Banco Central, custará 27% mais que as antigas notas. Insumos sofisticados de segurança explicam o preço maior. Cada nova nota de R$ 10 custa R$ 0,18 para sair da Casa da Moeda, mais que os R$ 0,15 da cédula antiga. No caso das notas de R$ 20, são R$ 0,21 para a produção das novas, três centavos mais que os R$ 0,18 da antiga.
O diretor de administração do BC, Altamir Lopes, explica que o início da produção das novas cédulas exigiu "atualização tecnológica do maquinário" da Casa da Moeda do Brasil, o que consumiu parte dos R$ 505 milhões gastos este ano na fabricação de cédulas.
A grande novidade são os números impressos no canto superior direito da frente, um dos elementos de segurança do dinheiro. Os números - "10" ou "20" - mudam de cor, do azul para o verde, conforme o movimento da cédula. Além disso, há uma faixa brilhante que parece rolar horizontalmente pelo número.
MICO - A previsão original para o lançamento era o ano passado. "O processo de produção da cédula de R$ 20 atrasou um pouco por problemas operacionais normais. Uma nota dessas demanda muitos estudos", explicou o diretor. Um dos motivos do atraso de sete meses foi o mico-leão-dourado que ilustra o verso da cédula. "Produzir o animal com tantos detalhes é absolutamente complexo. Levou mais tempo que o previsto", disse.
A complexidade do mico também postergou a data prevista para a troca completa do dinheiro em circulação. Se até o ano passado o BC previa que o Brasil teria 100% do dinheiro em circulação da nova família na Copa do Mundo de 2014, agora a previsão mudou de evento esportivo e passou a ser em 2016, na Olimpíada do Rio de Janeiro, inclusive as notas de R$ 2 e R$ 5 que serão repaginadas no próximo ano.
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