Após uma série de medidas e intervenções oficiais ao longo da semana,
investidores se perguntam qual seria a estratégia do governo no câmbio.
A moeda norte-americana subiu 0,58%, cotada a R$ 2,0911 para a venda.
Na semana e no mês, a moeda acumula queda de 1,86%. No ano, valorização de 11,91%.
"Tem o final de semana, então o pessoal se resguarda um pouco", afirmou
o superintendente de câmbio da Intercam Corretora, Jaime Ferreira. "A
confiança do investidor está abalada, ele está se perguntando: 'qual é a
intenção do governo?'", completou.
A série de intervenções e medidas adotadas nesta semana trouxeram o
dólar para abaixo de R$ 2,10, depois que a divisa raspou em R$ 2,14 na
sexta-feira, quando fracos números de crescimento alimentaram
interpretações no mercado de que o governo favorecia o dólar mais
valorizado para incentivar as exportações do país.
Na terça-feira começaram as medidas para destravar a entrada de dólares
no país. O BC facilitou o financiamento ao exportador, aumentando o
prazo para a isenção de taxação do pagamento antecipado.
Na quarta, o governo reduziu de dois anos para um o prazo de incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6% no ingresso de empréstimos externos.
Embora a avaliação de que o dólar mais valorizado poderia aumentar a
competitividade das empresas brasileiras no exterior, pondera-se que
outros setores da indústria, dependentes de importação de insumos e
componentes, seriam impactados negativamente, assim como elevariam os
custos do setor de serviços, cuja estabilidade no terceiro trimestre
pesou sobre o resultado do PIB.
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