segunda-feira, 30 de abril de 2012

Bolsas europeias registram queda com volta à recessão da Espanha

O rendimento médio do trabalho das mulheres brasileiras cresceu 13,5% em 2010 na comparação com 2000 - muito além dos 4,1% dos homens e dos 5,5% de ambos os sexos somados, de acordo com dados do Censo 2010 divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O órgão verificou que, com as mudanças, a renda mensal média feminina, que equivalia a 67,7% do que ganhavam os homens no início da série, passou a 73,8% no seu fim.
A pesquisa mostra que os maiores avanços da renda média mensal das trabalhadoras foram registrados no Nordeste, onde o aumento foi de 30,3%, de R$ 645 para R$ 841, contra 10,3% dos homens, de R$ 1.097 para R$ 1.210. Também houve aumentos expressivos dos ganhos mensais femininos no período no Centro-Oeste (22,8%) e no Norte (21,7%). No Sul, o aumento da renda média do trabalho das mulheres foi 15,2%. Os valores foram corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), com base em setembro de 2010, por isso são comparáveis.
Os avanços nos rendimentos de mulheres ocorreram em um quadro de melhoria geral da renda domiciliar combinada com uma concentração de renda ainda acentuada. De 2000 para 2010,o "rendimento mensal dos domicílios particulares permanentes" (denominação oficial do indicador) cresceu 15,5% além da inflação.
"Em todas as Grandes Regiões houve ganho real no rendimento domiciliar, de 2000 para 2010, sendo que o menor foi o da Região Sudeste (11%) e, nas demais, o incremento variou de 21,5% a 25,5%", diz o relatório da pesquisa.
Segundo o texto, em 2010 a renda domiciliar média teve crescimento real em todos os Estados, tendo variado de 8,7% a 40,1%. Maranhão, Tocantins e Piauí foram os Estados em que o rendimento médio mais cresceu, acima de 35%.
Na análise do rendimento domiciliar per capita também fica evidente a pobreza que permanece no Nordeste, apesar dos avanços de renda na região. Lá, em 2010, 19,8% ganhavam até 1/4 do salário mínimo; 23,6%, de 1/4 a 1/2; e 28,1%, mais de 1/2 a 1. Somados, equivaliam a 71,5% dos rendimentos domiciliares per capita. Na outra ponta, era a região do País com menos gente ganhando mais de cinco salários mínimos, apenas 3,2%.
Fecundidade
O Censo 2010 também traz dados sobre a fecundidade (número de filhos por mulher). Por Estado, a taxa de fecundidade só está acima da taxa de reposição nos Estados do Norte, mais Maranhão, Alagoas e Mato Grosso. O Estado com menor taxa de fecundidade é São Paulo, com 1,67.
O IBGE revelou ainda que 966 mil crianças e adolescentes de 6 a 14 anos não frequentavam a escola em 2010. É o equivalente a 3,3% do total da população nessa faixa etária.
A comparação com 2000, porém, só é possível para a faixa 7 a 14 anos, porque a lei que fixou os 6 anos como idade para ingresso no Ensino Fundamental é de 2006. Na faixa 7 a 14, o índice de crianças fora da escola era 3,1% em 2010 e representa um avanço em comparação com 2000, quando a proporção era de 5,5%.
"Seguindo o curso normal da educação, as crianças deveriam ingressar no ensino fundamental aos 6 anos de idade e estar cursando a última série aos 14 anos", lembram os técnicos do IBGE na publicação Censo Demográfico 2010 - Dados Gerais da Amostra.
Outros dois dados de educação são preocupantes. Na faixa 15 a 17 anos, 16,7% não iam à escola em 2010. Eram 22,6% em 2000. Na população de 25 anos ou mais, o porcentual de pessoas com pelo menos o ensino médio completo era em 2010 de apenas 35,8%. Em 2000, porém, era muito menos: 23,1%.

Por: Estadão

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