Ter um quadro de
funcionários altamente qualificados e motivados é o sonho de muitos
empresários. Isso porque ao longo dos anos, as empresas perceberam que o
capital humano é fundamental para alcançar o sucesso e a competitividade.
Na prática tudo pode
parecer simples e fácil, mas na teoria a situação é outra. A dificuldade é
agravada porque houve uma mudança de comportamento dos profissionais. “Não
foram só as empresas que mudaram a percepção, os profissionais também se
tornaram muito mais exigentes e sedentos por qualificação e desafios que os
permitam crescer e desenvolver uma carreira”, explica a consultora no Brasil da
Caliper Estratégias Humanas, Heidy Ruth de Oliveira.
Cinco
desafios
Segundo a especialista,
entre os desafios que as empresas encontram estão a retenção de talentos,
profissionais de diferentes gerações, problemas relacionados ao ambiente, entre
outros. Pensando nisso, ela apontou algumas dicas que podem ajudar. Confira
abaixo:
Retenção de talentos: os
primeiros passam para investir no desenvolvimento ou aprimoramento de pessoas é
utilizar instrumentos de identificação de potenciais. As empresas mais
desejadas pelos profissionais são as que realizam processo de gestão de pessoas
planejado. A dica é montar um banco de talentos, em que estes profissionais
estão preparados para assumir posições estratégicas. Desta maneira, também é
possível identificar que tipo de pessoas serão necessárias a médio e a longo
prazo. Para reter profissionais qualificados também é fundamental oferecer o
que o jovem deseja.
Choque de gerações: as
gerações se diferenciam em características, porém as competências podem e devem
ser trabalhadas. Elas se ajustam ao que ocorre no meio ambiente. Os baby
boomers, por exemplo, estão acostumados a hierarquias mais verticalizadas. A
Geração Y não tende a fidelização. Para conter sua impulsividade é preciso
identificar o que querem os jovens e ofertar algo adequado. Nesse caso, nem
sempre a remuneração tem maior peso, mas sim, a liberdade, a autonomia, a criação,
o respeito e o reconhecimento. O conflito de gerações reflete-se nos resultados
das organizações. O embate ocorre quando não há qualquer planejamento por parte
destas. Cada geração futura virá com características próprias diferenciadas e
um jeito distinto de olhar o mundo.
Ambiente: atualmente,
com a presença maciça dos jovens no mercado de trabalho, ambientes e benefícios
diferenciados têm sido uma expectativa e uma exigência da nova geração. Não são
todas as empresas que podem oferecer todos os benefícios pleiteados. Em um
processo industrial, a maturação leva um pouco mais de tempo. Os setores de
prestação de serviços e das empresas de Tecnologia da Informação e da
comunicação têm mais facilidade em criar ambientes propícios à liberdade e à
criatividade.
Papel dos Recursos
Humanos: a área de Recursos Humanos precisa sair do operacional para assumir
uma cadeira nas decisões estratégicas. Deve participar opinando e mostrando
alternativas de preparação dos profissionais. Antes disso, é preciso estar mais
próximo dos clientes internos para acompanhar mudanças, expectativas e
identificar quem pode fazer parte de um plano de carreira e de desenvolvimento.
O profissional de RH precisa ser muito antenado, versátil e flexível para
atender às necessidades internas e as de mercado. O desafio das empresas é a
estruturação de um processo de carreira, tanto horizontal quanto vertical. As
pessoas devem começar a ser valorizadas pelas entregas, inovações e projetos
que fazem e não mais só pela posição que ocupam.
Trabalho além
fronteiras: há muitas empresas brasileiras em processo de internacionalização,
expandindo operações para o Mercosul, Ásia, Europa e Estados Unidos. Esse
processo requer profissionais especialmente treinados e preparados que ocupem
estes cargos-chave para gerir os negócios em outros países. O movimento entende
a especialista, mostra que as empresas brasileiras estão no caminho certo e são
competitivas. Para os profissionais, o avanço ao mercado global é uma
oportunidade de fazer uma carreira internacional e desenvolver competências;
para as empresas, uma forma de atingir vantagem competitiva.
Por: FCDL
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