As obras de projetos anunciados em Pernambuco marcam a construção civil como o principal segmento de crescimento no número de indústrias no Estado. O detalhe vai para o aumento das micro e pequenas indústrias no interior, fruto de desdobramentos das empresas da Região Metropolitana do Recife (RMR). Das mais de oito mil indústrias do Estado, metade está na RMR. Além disso, as micro e pequenas indústrias representam mais de 90% do total. O levantamento faz parte do Cadastro Industrial de Pernambuco 2011 - 2012, da Fiepe, lançado ontem.
De acordo com diretor da Unidade de Pesquisas Técnicas (Uptec) da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), José André Freitas, o setor de construção civil contemplava, no ano passado, as áreas de fabricação de móveis e Construção de edifícios, somando mais de 13% do total. Esta última área, inclusive, teve maior elevação, passando de 6,9% do ano passado para mais de 12% neste ano. Em 2011, o segmento da construção teve maior desdobramento, passando a incluir, além das áreas citadas, as indústrias de serviços especializados em Construção Civil. Juntos, representam mais de 17% das indústrias pernambucanas.
“Além disso, 10% do volume de indústrias no Estado neste segmento estão na Região Metropolitana. No ano passado, não chegava a 5%. Com a construção de novas fábricas e empreendimentos imobiliários por todo o Interior, percebeu-se que as indústrias que constroem lá são vínculos com empresas do Recife. Suape, por exemplo, agrega bastante”, detalhou.
Segundo o presidente da Fiepe, Jorge Côrte Real, a radiografia fortalece o pleito na hora de promover o Estado. “É a forma de despertar interesse de quem não vê oportunidade de expansão de negócios”, disse. O relatório mostrou que o número de indústrias cresceu 10% de acordo com o levantamento do ano passado. Já o número de empregados teve acréscimo de 20%, marcando, hoje, mais de 320 mil empregos no Estado. O deficit está no comércio exterior, já que uma parcela pequena das indústrias importa ou exporta.
O Pólo do Agreste (Santa Cruz do Capibaribe e Toritama) também tem representatividade. Hoje, ele soma 70% de toda a indústria do Agreste Setentrional. Na última edição, esse índice não chegava a 40%. “Estavam no mercado informal. Geralmente, deixaram a informalidade e montaram uma fábrica pequena para atuarem no mercado”, disse José André Freitas.
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